11 de fevereiro de 2012

Meditação da Mulher 11/02/2012




11 de fevereiro sábado

Salva da cova dos leões


O próprio Senhor irá à sua frente e estará com você; Ele nunca o deixará, nunca o abandonará. Deuteronômio 31:8, NVI

O paciente era um jovem repórter de um influente jornal, e fazia hemodiálise como resultado de uma doença crônica nos rins. Subsequentemente, contraíra hepatite. De acordo com o protocolo seguido na unidade de hemodiálise na época, as pessoas com hepatite não eram aceitas no programa, já que a natureza do procedimento poderia pôr outros pacientes em risco. Eu trabalhava de perto com a equipe de hemodiálise, e estava claro que o paciente em questão devia ser removido do programa.


A despeito das claras diretrizes, foi decidido realizar uma reunião especial com a equipe de hemodiálise, o diretor médico do hospital e eu. Nessa reunião, o protocolo foi relido, discutido e rediscutido. Todos os presentes apresentaram sua opinião. Não entendi por que havia todo aquele debate, já que todos estávamos bem a par das diretrizes. Fui tentada a dizer: "Vamos encerrar essa história! O paciente deve ser removido da hemodiálise." Mas me contive. A reunião terminou sem que uma decisão ou voto fossem tomados.


Pensei bastante sobre o assunto e não conseguia ver sentido nele. Sou uma pessoa de personalidade forte, ideias claras e conhecimento em minhas áreas de atuação, sempre pronta a expressar pontos de vista e apresentar recomendações. Mas, naquela ocasião, embora participando, eu me omiti de fazer uma recomendação definida - e isso é estranho no meu caso. Então acendeu a luzinha. Todos estavam esperando que eu pronunciasse a sentença de morte!


Minha carreira teria provavelmente chegado a um fim gritante. A manchete do jornal que cintilava na tela da minha mente era: "Médica coloca os procedimentos acima da vida do paciente."


Eu me encontrava numa cova de leões e, como a mais jovem do grupo, estava sendo empurrada para, involuntariamente, dar o passo que os mais velhos e sábios em política médica estavam habilidosamente evitando. Sim, todos concordavam, tacitamente, que o paciente não devia continuar na hemodiálise, mas quem tomaria a decisão? Meu Deus me livrou. Ele interveio e me salvou da boca dos leões, quando eu era inocente demais, inclusive para começar a compreender as questões em jogo. Como é poderoso o Deus a quem servimos!


Marion V. Clarke Martin

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